quarta-feira, 22 de outubro de 2025

O meu Caminho até Santiago de Compostela...

18.10.2025

Hoje é o último dia, um dia estranho!

Tenho aquele sabor agridoce na alma... é o fim desta aventura a que me propus embarcar! Ontem o adeus, o beijo e o abraço soube a pouco!

Já vos disse que o fiz por causa das palavras do meu filho, conforme me contava as suas aventuras, durante as suas caminhadas, e eu quis isso para mim também: viver, descobrir novos lugares, cruzar-me com pessoas diferentes, colecionar experiências que ficassem gravadas na pele.

Fisicamente, não estava nada preparada — "mal conseguia agarrar uma gata pelo rabo" , e toda a expectativa mental estava amarrada pela corda da lógica.
E, no entanto, o inesperado aconteceu: encontrei um grupo de pessoas tão diferentes, tão únicas… e todas muito mais jovens do que eu.
Lá estava eu, velha, rabugenta e teimosa, a tentar acompanhar a loucura saudável que me ofereciam! Adorava ouvir as suas palavras, mergulhar nos seus sonhos. Caminhei, ri, chorei, bebi as suas histórias e tentei guardar cada detalhe, para não me esquecer de nada.

Quando acenei, e vi os dois últimos a partir naquele autocarro, pensei: “Pronto… já todos se foram. E eu fiquei aqui.” Uma parvoíce, talvez, mas naquele instante, o sentimento de perda era enorme. O meu filho já tinha partido no dia anterior...

Ainda me riu sozinha ao lembrar da Banana, essa palavra deu para rir!
Hoje recebi fotos lindas da chegada a Finisterra, de um miúdo a quem chamei Crazy Boy depois de trocarmos apenas duas palavras, mas sorrimos que nem crianças!

A troca de palavras com tanta gente foi fantástica, sobre o porquê de fazermos este caminho — cada um com as suas dores, os seus desejos, as suas buscas. Cada um descrevia a razão, com aquele brilho nos olhos, e fez-me perceber que todos caminhamos à procura de algo… ou de alguém, nem que seja de nós próprios!

E descobri, finalmente, que “Letónia” é “Latvia” em português… ai, que vergonha!

Terei sido egoísta? Talvez.
Mas voltaria a fazê-lo, sem hesitar, sem pensar duas vezes.

20.10.2025

Segunda-feira

- Falta-me alguma coisa… ou talvez alguém...



domingo, 14 de junho de 2020


Tenho que meter cá para fora a dor, gritar bem alto e perguntar porquê...

Não faz sentido fazer mal a alguém, seja conhecido ou desconhecido...

Mas quando se é suposto amar, não se maltrata, não se usa as palavras para ferir, sabendo que essa será a conclusão da conversa...

O que se faz? Responde-se? Calamo-nos?
Tratamento do silêncio? Tudo fere, tudo magoa...

E de repente viramos-nos para o tempo, damos ao tempo a responsabilidade de curar os males da alma...

Somos cobardes, pois sabemos que ao revidar vai vir ao de cima o nosso pior, e escolhemos calar...

Novamente damos ao tempo a responsabilidade de curar o que nós não queremos fazer... Mas que nunca esquecemos...


segunda-feira, 26 de junho de 2017

Começos ...


Na vida temos vários começos... pois existem vários finais ...

Devemos sempre aprender com os dois, pois é neste aprendizado que reside a soma da nossa vida ...

Mas e o medo?
É no medo que deverá residir a nossa força, pois é nos começos e nos fins, que a vida mostra todo o seu esplendor e beleza ... A panóplia de sentimentos que envolve é de uma transformação tão grande que nos faz crescer e compreender o que nos faz bem e o que nos faz mal ... 

E o tempo???
O tempo ensina a dar valor ao começo e ao fim ... 
Ensina a fazer escolhas, sejam elas boas ou más... Se aprendermos excelente, senão azar, e começa de novo ...

Tenho muitos começos e muitos finais, e ainda bem que assim é, pois vou crescendo e aprendo a ser Feliz ...